Esta quinta-feira, a fabricante de aviões Airbus ($AIR) anunciou que, até ao final do corrente ano, planeia e irá aumentar a produção de aviões A320 de 40 para 45 jatos mensalmente. Pediu também aos fornecedores que se preparem para a ambiciosa meta de 63 jatos por mês no segundo trimestre de 2023.
As ações da empresa subiram cerca de 6% após o anúncio deste aumento, e ao momento atual da escrita encontram-se com ganhos de 10%, com a ação a atingir o preço máximo de 107,82€, valor este que não se registava desde início de março de 2020.
O presidente executivo da Airbus salientou em comunicado que “o setor da aviação começa a recuperar da crise provocada pela covid-19” e a empresa pediu aos fornecedores que se mantenham preparados para uma situação em que a produção esteja nos 70 jatos por mês até ao primeiro trimestre de 2024.
Numa visão mais de longo prazo, a empresa anunciou em comunicado que espera uma eventual produção de 75 aeronaves por mês.
Antes do início da pandemia, a Airbus produzia 60 aviões por mês. Porém, com a grande diminuição da procura deu-se uma redução de 40% na produção. O setor da aviação foi certamente um dos mais afetados durante a pandemia da Covid-19, levando muitas empresas ligadas ao setor da aviação a necessitar de ajuda governamental para sobreviver à mesma.
As ações da Airbus perderam cerca de 65% num mês, em 2020, descida essa que foi acompanhada por praticamente todas as empresas do setor. Tanto a Boeing ($BA), a Delta Air Lines ($DAL) ou a Lufthansa ($LHA) perderam mais de 50% no valor das suas ações, entre fevereiro e março de 2020.
Autor: Samuel Lourenço
