A fabricante europeia Airbus anunciou no dia 1 de julho de 2022 uma grande encomenda de quase três centenas de aviões que serão adquiridos por quatro companhias aéreas chinesas: Air China, China Eastern, China Southern e Shenzhen Airlines.
Esta é a primeira grande compra feita por empresas chinesas no período pós-pandémico.
A encomenda consiste, mais precisamente, em 292 aviões da família A320, que incluem o A319, A320 e A321.
A Air China e a China Southern Airlines afirmaram que vão comprar cada uma 96 aviões da família A320neo, avaliados em 12,2 mil milhões de dólares, segundo preços de tabela. Já a China Eastern Airlines comprará 100 unidades do mesmo tipo, avaliadas em 12,8 mil milhões de dólares.
No entanto, não foram detalhadas quantas unidades de cada modelo foram solicitadas, nem como será feita a divisão entre as empresas por fonte oficial da Airbus.
Está previsto que as entregas ocorram entre 2023 e 2027, com a maior parte delas a acontecer em 2024.
A Air China afirmou que esta encomenda representará um aumento de 10,4% na sua capacidade de resposta e a China Southern informou que o seu incremento será de 13%.
A indústria de aviação chinesa, que foi severamente atingida após as medidas de isolamento social em Xangai em abril, tem recuperado gradualmente nas últimas semanas.
Atualmente, a Airbus domina o mercado de aviões a jato comerciais, apesar da maior presença da Boeing neste setor do mercado de aviação.
A própria Boeing ficou desagradada com esta notícia e coloca as culpas na geopolítica EUA – China.
Apesar de Joe Biden já estar na presidência dos EUA há algum tempo, o “mal-estar”, segundo a Boeing, ainda não terá passado, mesmo que Biden seja considerado mais favorável para com a China do que foi Trump.
A Boeing afirmou mesmo, em nota oficial, que é desapontante que diferenças geopolíticas continuem a reduzir exportações de aviões feitos nos EUA e que deverá perder a maioria do mercado chinês.
Sérgio Garcez, 20 anos, natural de Viana do Castelo. Atualmente frequenta o 3.º ano da licenciatura em Gestão na Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP). Dado o seu interesse pela área financeira e o seu gosto pela escrita, ingressou na MeuCapital em março de 2022, com o objetivo de promover a literacia financeira em Portugal.