Os principais índices dos Estados Unidos têm vindo a registar, nas últimas semanas, uma subida muito positiva, tendo atingido máximos históricos. O Dow Jones subiu cerca de 1% na passada quinta-feira e o S&P 500 Industrial Sector foi pelo mesmo caminho, somando 0,8%. Ambos os índices superaram o mercado “mais amplo”, devido, em parte, ao anúncio realizado por Joe Biden sobre o plano de infraestrutura dos EUA, tendo este comunicado que se deu um acordo entre republicanos e democratas para dar seguimento ao plano de cerca de 600 mil milhões de dólares para reestruturar as infraestruturas do país.
Este plano inclui cerca de 300 mil milhões de dólares para estradas, pontes e outros projetos ligados aos transportes. Por outro lado, 266 mil milhões de dólares estão destinados a infraestruturas hídricas, melhorias na estrutura de internet do país e, por fim, reestruturar as infraestruturas ligadas à energia.
Josh Duitz, administrador do fundo de investimento Aberdeen Standard Global Infrastructure Income Fund, admitiu que este plano terá um impacto global e não apenas ao nível dos Estados Unidos, com empresas como a Ferrovial (€FER.MC), multinacional espanhola ligada à construção de estradas e outras infraestruturas de transportes, a saírem beneficiadas com este pacote de estímulos.
Por outro lado, analistas da Stifel, empresa multinacional americana com funções de banco de investimento e serviços financeiros, acreditam que este plano irá beneficiar mais as empresas de máquinas e materiais de construção.
De acordo com estes analistas, duas das empresas que mais vão beneficiar com este plano são a Martin Marietta Materials ($MLM) e a Vulcan Materials ($VMC), ambas relacionadas com a produção de materiais de construção. Curiosamente, um outro banco de investimento, o Jefferies, retificou o preço estimado das mesmas para 424 e 207 dólares, respetivamente.
Relativamente a empresas ligadas ao retalho de máquinas de construção, foram indicadas a Caterpillar ($CAT) e a Deere ($DE) como ações que poderão superar o mercado, devido ao recente plano para reestruturar as infraestruturas dos EUA.
Autor: Samuel Lourenço