O valor de mercado do Grupo Lucid (LCID) ultrapassou a Ford Motor Company (F) na terça-feira para 89,9 mil milhões de dólares. Isto aconteceu após uma subida nos preços das ações da start-up de carros elétricos, de 24%.
O que despoletou esta subida no preço foi o facto de os executivos terem comunicado aos investidores que as reservas para os seus primeiros veículos aumentaram e que os seus planos de produção para 2022 se mantêm.
Com os preços dos combustíveis a aumentarem e uma preocupação acrescida com as alterações climáticas, torna-se importante usar energias renováveis, como a eletricidade, daí ter aumentado o interesse nas empresas que produzem carros elétricos e o seu valor aumentar exponencialmente no mercado, ultrapassando empresas tradicionais estabelecidas no mercado como a Ford.
O CEO da empresa, Peter Rawlinson, antigo executivo da Tesla, relatou numa entrevista telefónica, na segunda-feira, acreditar que há um longo caminho para as ações da empresa.
Rawlinson acredita, então, que o valor de mercado da start-up de veículos elétricos irá crescer além das empresas automóveis tradicionais e, eventualmente, terá mais valor do que a Tesla, líder da indústria.
“Acho que o céu é o limite em termos de avaliação, mas é tudo uma questão de execução” continuou Rawlinson à CNBC durante a entrevista de segunda-feira, depois de a Lucid ter reportado os seus primeiros resultados trimestrais como uma empresa cotada em bolsa. “É tudo uma questão de execução, é tudo uma questão de volume. E esse é o meu foco. E penso que a subida do preço das ações é um resultado.”
O CEO da Lucid compara regularmente a Tesla com a start-up em termos de tecnologias e desenvolvimento de veículos elétricos.
O primeiro veículo da empresa chama-se “Air sedan”. O carro tem um alcance líder da indústria de 520 milhas.
A empresa disse aos investidores, em julho, que espera produzir 20.000 Lucid Air Sedans em 2022, gerando mais de 2,2 mil milhões de dólares em rendimentos. Rawlinson confirmou o objetivo de produção mas admite algum risco devido à interrupção de cadeias de distribuição mundiais.
Autora: Mariana Sardinha