A chamada “4ª revolução industrial” tem sido, no mínimo, notória pela rapidez com que se tem desenvolvido e pelo impacto que tem tido nos diferentes setores. Um deles é o setor imobiliário e a sua revolução tecnológica.
Setores como a gestão, educação, finanças, metodologia de pesquisa, entre outros setores, têm sofrido reformas substanciais fruto da necessidade de acompanharem a evolução exponencial da tecnologia que se tem vindo a verificar ao longo dos últimos anos. A revolução tecnológica reescreve as condições materiais da existência humana e remodela a sua cultura.
Vejamos então o impacto que este movimento tem tido, embora que um pouco mais discretamente, no setor imobiliário:
IoT (Internet of Things):
Para quem não está familiarizado com o conceito, IoT refere-se à interconexão digital de objetos do cotidiano com a internet.
Já alguma vez pensou em como seria útil conectar todos os seus eletrodomésticos através da internet? Estar longe de casa e conseguir programar a cafeteira para lhe aquecer o café enquanto não chega, apenas com o seu smartphone? Hoje isso é possível e, por esse motivo, o consultor imobiliário será forçado a adaptar-se a esta realidade uma vez que vai passar a vender casas inteligentes.
Aplicações de Telemóvel:
A sua nova casa à distância de um clique. As aplicações de telemóvel, no caso do imobiliário, vieram revolucionar todo o processo comercial associado, tornando-o mais simples e eficaz na ótica do consumidor, bem como na do consultor. Em Portugal já existem empresas do ramo a apostarem nas apps, como é o caso da Relive Imobiliária.
Impressoras 3D:
Com apenas uma impressora 3D vai ser possível imprimir casas e empreendimentos do zero, de forma económica e sustentável. Isto é um passo gigante para a arquitetura e, consequentemente, para o setor imobiliário.
Isto são algumas das muitas inovações que ainda estão para chegar ao mercado imobiliário. Neste e nos restantes setores, mais do que nunca, é necessário ter flexibilidade e conseguir aprender à mesma velocidade que o mundo evolui. A revolução tecnológica (cujo desenvolvimento acelerou com a COVID-19 e respetivas condições acessórias) vai redefinir o contexto estratégico em que as empresas estão inseridas.
Por exemplo, os canais onde as marcas encontravam os consumidores e faziam o seu marketing vão mudar, porque os consumidores vão gradualmente começar a utilizar menos os canais ditos tradicionais e vão começar a marcar presença noutros canais que vão surgindo à medida que a tecnologia vai evoluindo. É muito importante que as empresas consigam ter a capacidade de se reinventarem porque é exatamente essa característica-chave que vai ditar a diferença entre uma empresa com sucesso, e uma empresa sem sucesso, neste fast-paced world em que estamos inseridos.
Autor: Rui Baptista
