A importância de um fundo de emergência

Os últimos anos têm sido marcados pela democratização da literacia financeira e do acesso à informação relativamente aos mercados financeiros. Certos investidores cometem o erro de se focar demasiado na questão de investir em ações, planos de poupança reforma, e outros instrumentos que oferecem uma rentabilidade interessante, com objetivo da liberdade financeira no longo prazo. Mas e os imprevistos que acontecem no imediato?

Se amanhã perdesse o emprego, tivesse um problema de saúde que implicasse uma baixa, ou outra situação inesperada, quanto tempo conseguiria viver apenas com as suas poupanças?

É aqui que entra o fundo de emergência. Na New Capital, o nosso lema é “Save & Invest”, e a ordem não é por acaso: antes de se investir a pensar na nossa segurança financeira futura, há que a garantir no presente.

O que é o fundo de emergência?

Na prática, é um montante que está reservado exclusivamente para situações imprevistas, podendo ser visto como a quantia necessária para as ultrapassar de uma forma financeiramente mais tranquila.

Que montante devo ter no meu fundo de emergência?

Há a convenção no mundo das finanças pessoais de que o montante ideal a ter neste fundo deve cobrir entre 6 meses a 12 meses das nossas despesas mensais essenciais. É crucial que haja uma noção precisa dos gastos fixos, sendo recomendável que durante um mês se registe detalhadamente as despesas e receitas, fazendo um mapa de fluxo financeiro. Quanto aos gastos variáveis, aconselha-se a fazer uma média.

Devo aplicar o dinheiro da minha reserva de emergência?

Sim, é sempre melhor ter o dinheiro aplicado do que numa conta à ordem, desde que essa aplicação cumpra os seguintes requisitos: elevada liquidez (facilidade de um ativo ser transformado em dinheiro sem perdas significativas do seu valor) e baixo risco. O foco não é a rentabilidade, mas ter o dinheiro seguro e rapidamente disponível.

Em Portugal os melhores instrumentos para aplicar o fundo de emergência são os depósitos a prazo, visto serem um produto de capital garantido. Recomendamos que aproveite um depósito promocional que alguns bancos fazem para novos clientes, costumando ser mais vantajoso. 

Outra alternativa são os fundos de tesouraria, que investem em aplicações de curto prazo e têm elevada liquidez. Sendo estes de baixo nível de risco, pode ser outra hipótese a considerar, embora não haja garantia de capital.

 Os fundos de tesouraria tendem a apresentar taxas de juro próximas da rentabilidade do mercado. Recomendamos que consulte o site da APFIPP e verifique os dados relativamente a estes.

Um dos passos mais importantes no processo de se tornar um grande investidor reside na criação do fundo de emergência. Com esta “almofada financeira” torna-se mais fácil investir e sentir-se seguro enquanto o faz, sabendo que se acontecer algum imprevisto conseguirá assegurar as suas despesas.

Autora: Sofia Magalhães | Fonte

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