O mundo está cada vez mais digital. A indústria da Internet of Things (IoT) cresce a um ritmo alucinante – de acordo com um estudo realizado pela McKinsey, o número de empresas que utilizam as tecnologias da IoT aumentou de 13% em 2014 para cerca de 25%. O mesmo estudo alega que o número mundial de dispositivos ligados à IoT deverá aumentar para 43 mil milhões até 2023, triplicando face a 2018.
Com o aumento exponencial de utilizadores, nascem oportunidades de ciberataques e cresce uma necessidade do desenvolvimento da cibersegurança, ou seja, práticas que garantam a confidencialidade, integridade e disponibilidade da informação.
Uma estatística preocupante proveniente do site Embroker é a de que a indústria dos ciberataques “continua a crescer em 2022 e deverá duplicar até 2025.”
Embroker acrescenta ainda que “o cibercrime, que inclui tudo, desde roubo ou hacking e destruição de dados, subiu 600% como resultado da pandemia COVID-19”.
Vamos então perceber que empresas (cotadas em bolsa) estão a tentar mudar o paradigma deste preocupante cenário:
1. Microsoft ($MSFT)
Por meio da sua plataforma de computação em nuvem Azure, a empresa “fornece uma abordagem abrangente de confiança zero para segurança, identidade e segurança cibernética”.
Em 2021, a Microsoft gastou mais de 500 milhões de dólares em aquisições estratégicas.
Em 2022, O CEO da Microsoft (Satya Nadella) comunicou aos analistas que a componente de segurança da Microsoft cresceu quase 45% face ao ano anterior, com a ajuda de algumas pequenas aquisições, e a receita superou os 15 mil milhões de dólares num ano.
Nadella disse que mais de 15 mil clientes usam o Azure Sentinel – um sistema que fornece múltiplas análise de segurança inteligente e de ameaças em toda a empresa, funcionando com uma espécie de cloud que agrega toda esta informação
Preço por ação a 29 de novembro: 241.76 dólares
2. Palo Alto Networks ($PANW)
É difícil subestimar a natureza otimista do último relatório de contas da Palo Alto Networks. A empresa superou a estimativa de receita média dos analistas por uma pequena quantia, mas os lucros superaram a projeção média.
Este foi o segundo trimestre consecutivo em que Palo Alto relatou ganhos positivos.
Alguns dados importantes sobre a empresa:
- A receita da Palo Alto Networks para o trimestre encerrado em 31 de outubro de 2022 foi de 1,563 mil milhões de dólares, um aumento de 25,33% em relação ao ano anterior.
- A receita da Palo Alto Networks para os doze meses encerrados em 31 de outubro de 2022 foi de 5,818 mil milhões de dólares, um aumento de 27,65% face ao ano anterior.
Sobre receitas: (o notável crescimento)
- A receita anual para 2022 foi de 5,502 mil milhões de dólares, um aumento de 29,26% em relação a 2021.
- A receita anual da Palo Alto Networks para 2021 foi de 4,256 mil milhões de dólares, um aumento de 24,87% em relação a 2020.
- A receita anual da Palo Alto Networks para 2020 foi de 3,408 mil milhões de dólares, um aumento de 17,55% em relação a 2019.
Preço por ação a 29 de novembro: 171.39 dólares
3. CrowdStrike ($CRWD)
A CrowdStrike é a maior empresa de cibersegurança em termos de capitalização de mercado.
A empresa oferece, sobretudo, soluções que são adequadas para empresas que têm funcionários a trabalhar remotamente.
As suas ações caíram 23,6% desde o início do ano. Um dos motivos é que a empresa continua sem lucro. No entanto, a empresa tem dinheiro em caixa para cumprir as suas obrigações financeiras – tornando-se, potencialmente, lucrativa a longo prazo.
O preço de cada ação na Oferta Pública Inicial foi de 34 dólares. Hoje, a empresa atinge o valor de cerca de 139 dólares.
Entre o ano fiscal de 2019 e 2022, o número de clientes da CrowdStrike saltou de 2.516 para 16.325, o que aumentou a sua receita anual de 250 milhões de dólares para mais de 1,45 mil milhões de dólares.
Preço por ação a 29 de novembro: 139.45 dólares

João Vigário, 21 anos, natural de Lisboa. Licenciado em Gestão e Administração de Empresas na Católica Lisbon of Business and Economics. Apaixonado pela área das finanças, investimentos e análise de empresas. O seu primeiro passo para continuar a incentivar este gosto foi a junção à MeuCapital, onde já escreveu mais de 50 artigos.