Poupar é algo extremamente importante, quer seja para poder atingir objetivos, ou apenas para ter uma conta poupança para utilizar no caso de uma emergência. No entanto, pode ser difícil, e é neste sentido que, neste artigo, serão apresentados 10 bons hábitos que o irão ajudar a mudar quanto sobra no final do mês:
- Automatizar as despesas
Um excelente hábito é pagar as contas fixas assim que possível, uma sugestão é optar por débitos diretos. Deste modo, é possível passar às próximas prioridades.
- Automatizar as poupanças
Da mesma forma que, assim que recebemos um salário, pagamos as contas mais importantes (tais como renda e mensalidade das telecomunicações), devemos dar a mesma prioridade às poupanças.
Devemos ter uma quantia ou percentagem objetivo para as nossas poupanças, quer seja 20% seguindo a regra 50/30/20, ou uma quantia fixa por exemplo. Assim, colocamos essa quantia “de lado” automaticamente, de modo a não cair na tentação de gastar esse dinheiro em coisas desnecessárias.
- Controlar os gastos por impulso
Muitas vezes fazemos compras que efetivamente não precisamos (jantar fora, ou compras online, por exemplo). Especialmente quando o preço é baixo. Certamente que não será uma pequena compra que irá fazer o plano orçamental colapsar. No entanto, o comportamento, em si, pode ser problemático na sua totalidade, especialmente quando é algo que fazemos de forma consistente. É importante saber controlar estes impulsos, porque todas estas compras impulsivas somadas podem tornar-se numa quantia considerável.
Uma sugestão de como o fazer é referida na próxima dica.
- Usar o sistema de envelope
Este sistema tem como objetivo reduzir as compras por impulso, e determinar quanto do orçamento mensal é utilizado em cada categoria. No fim do mês, é possível ver quanto dinheiro sobra ao ver o envelope.
Primeiro é necessário determinar que categorias precisam de um envelope, ou seja, as categorias que costumam “arruinar” o orçamento mensal (bons exemplos são: roupa, jantares/almoços em restaurantes, presentes). De seguida, determine quanto pretende gastar em cada categoria, e coloque a quantia no envelope correspondente. Sempre que fizer um gasto numa das categorias, retire o dinheiro do envelope que lhe corresponde (por exemplo, digamos que esteve num jantar com amigos e gastou 20€, então retire 20€ do envelope de jantares).
A ideia deste sistema é que não gaste mais do que foi colocado no envelope, o que o ajudará a respeitar o orçamento.
- Avaliar as despesas e experimentar viver frugalmente
Calcular as despesas é algo que nem todos fazemos, mas que é bastante importante, não só para fazer um orçamento, como para saber quanto poupar. Após o cálculo das despesas, uma sugestão é experimentar viver um período, tal como um mês, sem incorrer em gastos por impulso, de modo a perceber exatamente onde é possível poupar.
- Investir
Embora poupar seja importante, investir também o é, apesar de poder ser mais arriscado. Assim, torna-se importante equacionar estas duas possibilidades o mais cedo possível, de modo a que consiga estar financeiramente estável no futuro. Para além disso, deve pensar nos seus objetivos que requerem grandes esforços monetários, quer seja a construção/compra de uma casa, ou mesmo uma reforma mais confortável.
- Estar preparado para tudo
Nos tempos incertos de hoje em dia, torna-se essencial ter poupanças, especialmente de modo a conseguir ter um fundo de emergência de elevada liquidez, para o caso de algo inesperado acontecer. Por algo inesperado entenda-se um acidente, súbita perda do emprego, etc. Uma boa opção é investir em depósitos a prazo, uma vez que – embora não providenciem grandes rendimentos – constituem investimentos seguros, e o dinheiro está rapidamente disponível.
No caso de ter uma família que depende dos seus rendimentos, deve ter um testamento feito ou um seguro de vida, também para o caso de algo inesperado acontecer.
- Eliminar e evitar dívidas
Não faz muito sentido ter uma conta poupança quando se tem dívidas. Assim, se este for o caso, a prioridade deve ser saldá-las. Deve iniciar um plano de eliminação das dívidas, onde as coloca por ordem e percebe quais são as mais urgentes. Deve pagar, todos os meses, a maior quantia que conseguir, de modo a saldar as dívidas o mais depressa possível.
- Educar-se sobre finanças (pessoais)
A literacia financeira é algo importante, para poder tomar as melhores decisões deste género. Ter um bom nível de literacia financeira consiste em ter um bom “aglomerado de conhecimentos financeiros, de crédito e de gestão da dívida que permitem tomar, com confiança, decisões eficazes que melhor satisfaçam os objetivos pessoais, familiares e comunitários de um indivíduo – escolhas que são parte integrante da nossa vida quotidiana”.
Assim, é recomendado que haja uma educação financeira constante ao longo da vida para poder tomar as decisões mais adequadas.
- Procurar aumentar o património líquido
Em suma, o objetivo é aumentar o património líquido, que está associado às suas poupanças, dívidas e rendimento. Para o fazer, é necessário diminuir o montante de dívida, aumentar as poupanças, ou procurar novas formas de aumentar o rendimento, ou até mesmo todas as opções ao mesmo tempo.
Autora: Ana Margarida Costa